"Que espécie de Deus é o vosso que condena antes de ouvir? Que gente sois, senhores, que Reino é este em que tive a TRISTE SORTE de nascer?
Sr. Marechal: quanto vale, para vós, a vida dum homem?"

Felizmente há luar! - Luís de Sttau Monteiro

quinta-feira, 24 de março de 2011

Carta ao Coelhinho da Páscoa


Querido coelhinho da Páscoa,

Não é muito costume escrever-te cartas mas como o Pai Natal tem estado inundado de trabalho e não tem conseguido levar a cabo as tarefas que lhe pedi no último Natal, decidi pedir-te a ti se me podias dar uma ajuda.

Peço-te apenas que me encontres um país onde a justiça seja a mesma para todos, sem sacos de cor alguma, electrodomésticos ou outros que tais.

Que essa justiça não arraste processos durante anos até que estes caduquem.

Peço-te um país onde os serviços públicos sirvam para ajudar os cidadãos em vez de lhes complicar a vida.

Onde esses serviços informem de forma clara e objectiva para que todos percebam o que é preciso, não se limitando a copiar artigos e decretos por inteiro. Que esses mesmos serviços actuem de forma preventiva informando as pessoas (será difícil perceber que a mesma folha onde se cobra uma multa por incumprimento de prazo na entrega ou pagamento de algo, pode servir para antes da data desse incumprimento, para informar que um valor ou documento têm de ser tratados?).

Peço-te um país onde que trabalha recebe pelo seu trabalho e não pelo seu posto.

Onde as “riscas”, “estrelas”, ou “medalhas” não são sinónimo de salários mais altos, irresponsabilidade e impunidade.

Onde o trabalho tem a sua segurança, não estando sujeito a ser despedido amanhã “porque sim”, mas onde quem não faz o que lhe compete é despedido para dar lugar a quem quer realmente trabalhar.

Onde o serviço público é avaliado de forma real, cumprindo-se o princípio exposto anteriormente (quem não trabalha salta fora) e quem apresenta bons projectos ou soluções vê o seu trabalho reconhecido.

Um país onde o estado seja exemplo, não sendo o maior “utilizador” de mão de obra precária (recibos verdes).

Um país onde desporto não seja sinónimo de Futebol. Onde se apoiem as modalidades de forma igual, reconhecendo o trabalho e dando o merecido valor aos diversos campeões europeus e do mundo que temos, dando possibilidade a todos de trabalharem e melhorarem as suas prestações.

Um país onde as crianças possam experimentar diversos hobbies sem que em todos eles sejam empurrados para a elite (e consequentemente acabem por desistir antes de atingir “a glória”).

Um país onde os professores servem de exemplo e os cidadãos o reconheçam. Onde a educação não é o treino para a produção mas sim um espaço aberto de descoberta, crescimento, reflexão e discussão.

Um país onde se trabalha para o futuro e não para o dia seguinte, tendo visões de melhorar as coisas a longo prazo não olhando para as estatísticas que vão sair “amanhã”. Onde se percebe que a formação das pessoas lhes dá o poder de reflectir. Onde não interessa reduzir despesas hoje se tal implica um aumento das mesmas nos tempos seguintes.

Um País onde que precisa recebe ajuda (digo “ajuda” e não subsídios). Onde no lugar de dar dinheiro para estar em casa de braços cruzados se ajuda e incentiva a procurar uma forma de autosustento. Onde pessoas idosas possam viver nas suas casas com um apoio diário real, humano e gratuito ou quando tal já não é possível, que sejam realojadas em centros com espaço, com ar puro, onde reine a calma e tranquilidade, não num qualquer 3ºandar do nº37 do beco mais escuro e malcheiroso da cidade.

Um País onde se incentiva as pessoas a votar em vez de as condicionar, obrigando-as a percorrer centenas de km para poder exercer o seu direito, ou negando-lhes esse mesmo direito por estarem no estrangeiro (bem sei que se pode votar nas embaixadas, mas para tal não sei se sempre mas pelo menos em alguns casos é pedido que se seja considerado residente nesse país, o que muitas vezes só é possível após vários anos de permanência no mesmo).

Uma país onde as portagens, se existem, têm uma organização lógica. Onde não se paga mais por querer chegar de uma a outra ponta da cidade sem congestionar ainda mais o seu interior (penso imediatamente na CREL e no quão ridículo é ter de pagar portagem para não sobrecarregar ainda mais a 2ªcircular, e não, a CRIL não é uma via alternativa porque há 20 anos que estamos à espera que a terminem!).

Encontra-me um país onde os votos em branco contem verdadeiramente, seja para assentos no parlamento seja para obrigar a novas eleições por claro descontentamento do povo com os candidatos. Encontra-me um país onde os políticos não se enchem de mordomias e regalias, onde lutam pelo que é melhor pelo país, onde se ouvem e completam em vez de recusar toda e qualquer ideia que provenha de outro partido ou sector, simplesmente porque não foram eles a apresentar a ideia. Onde se construa em conjunto no lugar de destruir sempre que alguém aparece com uma ideia diferente da nossa.


Agradeço-te antecipadamente a ajuda querido Coelhinho da Páscoa.

Uma grande Abraço e Obrigado!


TRISTE SORTE...

terça-feira, 22 de março de 2011

Será que afinal não aprendemos nada?


Ainda continuam a achar as centrais nucleares uma boa opção?

















Vale a pena correr riscos como Chernobyl outra vez?

Não sabemos o que fazer com os resíduos, não sabemos como lidar com as centrais quando ultrapassam o seu "tempo de vida", não sabemos como lidar com acidentes a não ser fugir do local e deixar para trás toda a merda que fizemos para que o planeta lide com o problema. Mas continuam-se a ouvir vozes a dizer que as centrais são seguras, que estes acidentes são imprevisíveis, que "em breve saberemos melhor lidar com a situação,etc.

Que tal pensarmos antes que temos outras soluções que não deixam para trás produtos tóxicos, que não sobrecarregam o planeta, que não contribuem para emisão de gases nem aquecimento do planeta, que são fáceis de instalar, de manter e que não apresentam riscos elevados em caso de avaria?

Será assim tão difícil mudar de paradigma ou são apenas alguns senhores que não querem que o façamos (pois desta forma podem encher as suas humildes carteirinhas).

TRISTE SORTE...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Oscars da Luta!
















Quais discursos de Reis, Cisnes ou Lutadores...


Estes sim são os "grandes filmes" da actualidade Portuguesa!

Oscars da Luta 2011

Vale bem a pena ouvir!

Freeport III - O Arquivamento
"Tem aquele final que eu gosto que não dá quase em nada"


E claro uma grande adaptação do som final!

Triste Sorte!